Pesquisar no site


Contato

CineHobby

E-mail: vncdesignd@yahoo.com.br

John Carter entre dois mundos

John Carter entre dois mundos

"Mim Tarzam, você Jane". Com esta premissa, um dos maiores ídolos das histórias em quadrinhos, imortalizou-se na memória de alguns de nós, com mais de - muitos - anos de vida. Mas isso só para lembrar o criador deste, e um outro herói centenário que volta às telas com a mesma vitalidade e paixão, capaz de atrair a nova geração com seus feitos nada inéditos, porém atuais como nunca: John Carter - entre dois mundos.

Eu me atrevo a dizer que Edgar Rice Burroughs, ao criá-lo, faz uma alusão implícita à vida após a morte, colocando-o na fronteira do desconhecido: "a partir de agora esqueça tudo que aprendeu, todas as pessoas que conheceu e deixe para trás tudo que tinha".

É o preço que se deve pagar. Ao personagem, dá a escolha que nunca teremos.

A alguns homens é dado o poder divino e Burroughs não apenas o aceita, como questiona, supondo entidades planetárias que responsabilizam as criaturas pelo caos, a guerra, a destruição, observando e manipulando as vaidades, para um suposto equilíbrio universal.

Seriam os deuses astronautas? Estaríamos diante de John Wayne, em Guerra nas Estrelas ou caçando tesouros com Indiana Jones? Vamos nos lembrar, sim, por inúmeras referências, de outras histórias, outros heróis que como este, buscavam mais que aventura.

Mas o que de melhor John Carter faz por nós, é desafiar-nos ao ceticismo para que a morte não nos encurrale contra dogmas. Talvez o amor exista e não seja preciso desafiar Deus para encontrá-lo.

No entanto se você é contra questionamentos; marcianos são verdes sim e heróis são caras sujeitos à força da atração.